E-Commerce
Já escolheu seu gateway de pagamento? Faça as contas antes de implementar
Esse artigo é destinado a quem está começando a se aventurar pelo mundo do varejo online. Quando você decide montar sua loja virtual, precisa analisar vários aspectos. Por exemplo: servidor, plataforma, gateway de pagamento… Entre outras inúmeras ferramentas indispensáveis para fazer seu site funcionar.
Então, antes de tudo, ai vai um conselho: não analise elas separadamente. Ou seja, não escolha a plataforma e posteriormente o gateway de pagamento (ou outra ferramenta). Você pode correr o risco das soluções não se conversarem e ter de escolher outras opções devido à falta de integrações entre elas. Ao invés disso, analise um pacote de soluções e posteriormente feche o contrato com todas. Isso vai lhe evitar dor de cabeça futuramente.
Voltando ao tema do artigo…
Após já ter valido seu MVP, provavelmente você já terá uma expectativa de quantidade de pedidos médio inicial no seu site. O mesmo vale para a expectativa para médio e longo prazo. Se ainda não o tem, faça imediatamente. Afinal, ficará muito mais fácil fazer essa conta com esses dados.
Por que é importante fazer essas contas?
Sempre quando se fala em varejo, muitos dizem que a briga é por centavos. Se for o seu caso, o custo financeiro de comprar no seu site pode ser um diferencial na margem de contribuição do seu produto. O custo com o pagamento em geral deve representar até 4 ou 5% do custo do produto para você ser lucrativo e competitivo. Se você estiver pagando mais por isso é melhor rever seu projeto.
Então ai vai o X da questão. Gateways de pagamento mais simples oferecem serviços unificados. Ou seja, recebem os pagamentos (gateway), transacionam eles como se fossem um banco (adquirente) e fazem também a antifraude da sua transação. Esses gateways provavelmente cobram mais caro pela solução, mas talvez você precise deles.
Como assim?
Gateways mais complexos e com mais tecnologia fazem apenas o serviço de recebimento do pagamento. Então, você precisará de um banco (adquirente) e negociar essa taxa com ele (em percentual). Também precisará de um sistema de antifraude. Será ainda outra empresa e você pode negociar a transação por percentual do pedido ou valores fixos por transação. Por exemplo: R$1,50 ou R$1,30 por transação.
Compare o seguinte: o que chamamos aqui de gateways simples cobram percentuais fixos, e apenas isso. Já soluções completas cobram valores em reais fixo por transação. Porém, exigem um volume mínimo de transação, e se isso não ocorrer vocês pagarão o mínimo mensal do contrato — que pode variar bastante dependendo da negociação. O mesmo se dá com o antifraude.
E é essa conta que você deve fazer. Avalie a quantidade de transações que você terá em um mês e rateie pelo valor mínimo do contrato estipulado pelo gateway — e também pelo antifraude. Notará que, se tiver pouco volume, valerá a pena de início ir para uma solução simples que cobra por percentual.
Por exemplo: como dissemos antes, o custo dessa transação não deve ser maior que 4 ou 5%. Portanto, em um produto onde o tíquete médio é, digamos, R$ 250,00, por um gateway mais simples pagará algo em torno de R$ 12,50. Já em um gateway mais complexo, tendo 30 vendas por mês, o valor sobre transação vai para R$ 18,45. Ou seja, 47% a mais por transação. Bastante, concorda?
O que influenciará e muito nessa conta é o tíquete médio do seu produto, a quantidade de vendas inicial e a expectativa de volume ao longo do tempo.
Nesse caso, não existe solução boa ou ruim. Existe sim o momento em que seu comércio eletrônico se encontra e o ramp-up que deseja.
Muitas vezes, ser competitivo está nos detalhes: não faça ”conta de padeiro’’. Afinal, você ou o consumidor irão pagar por isso!
Fonte: Ecommerce Brasil
https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/ja-escolheu-seu-gateway-de-pagamento-faca-as-contas-antes-de-implementar/